Con mi tambor
Péricles
Capanema
“Com meu tamborzinho”,
tanto faz, canção de Natal, com enorme força evocativa. Um pobre menino
tamborileiro, só tem um tamborzinho, vai até Belém com os pastores e canta
diante da gruta. E o Menino Jesus sorri para ele.
El camino que
lleva a Belén
Baja hasta el
valle que la nieve cubrió
Los pastorcillos
quieren ver a su rey,
Le traen regalos
en su humilde zurrón
Al Redentor, al Redentor.
Ha nacido en un
portal de Belén el Niño Dios.
Yo quisiera poner
a tus pies,
Algún presente que
te agrade, Señor.
Más, tú ya sabes
que soy pobre también,
Y no poseo más que
un viejo tambor,
Viejo tambor,
viejo tambor.
En tu honor frente
al portal tocaré,
Con mi tambor.
El camino que lleva a Belén,
Yo voy marcando con mi viejo
tambor.
Nada mejor hay que yo pueda
ofrecer,
Su ronco acento es un canto
de amor,
Al Redentor, al Redentor.
Cuando Dios me vio tocando
ante el,
Me sonrió.
Por que lembro
agora a canção ouvida no mundo inteiro? Razão simples, ela nos apresenta, no
seu frescor simples, de chofre, a verdade inteira. Todos nós só temos um tamborzinho
velho para oferecer ao Menino Jesus. O que podemos Lhe oferecer? O que tivermos
de melhor. Um tamborzinho, uma baqueta e nossa voz. O pequeno tamborileiro foi
até Belém com os pastores e ´na frente da gruta, tocou seu tamborzinho. O
Menino Jesus sorriu para ele. Que prêmio maior poderia esperar?
Duas
canções, em especial, enchem os ares nas festas de Natal. Uma está acima, o “El
tamborileiro”. A outra é o “Stille Nacht, heilige Nacht (Noite feliz). Noite
serena, noite de paz, noite santa. Tudo dorme, um par está desperto, o casal
sagrado vigia o Menino. E a notícia do Salvador começa lentamente a circular,
mas os primeiros a serem avisados da chegada não são os grandes da Terra, mas pastores.
Nos dois
povos, espanhóis e alemães, se quisermos, nas duas culturas, domina um olhar
comum: para que o Natal seja vivido em espírito cristão é preciso colocar
óculos infantis, perceber que nesses dias a única atitude correta é a da mais
despretensiosa pobreza de espírito, imergir num ambiente de pequenez humana. E o
ar de paz e esperança não provém do esplendor da primavera, no festival da luz,
das flores e do clima acolhedor. Tem origem no clima da noite, invernal e fria.
Para viver tal ambiente, cada um de nós, precisa querer oferecer ao Menino Deus
o que de melhor temos, o nosso tamborzinho, com o qual cantaremos à frente da
gruta uma canção. E o Menino Jesus sorrirá para nós.
Logo
depois, meses talvez, anos, quem sabe, guiados pela estrela de Belém, chegaram à
Palestina os três reis magos, primícias da conversão dos povos pagãos. Entrementes,
os filhos de Abraão, Isaac e Jacó passavam indiferentes ao lado do Menino, de
José e de Maria. Belchior, Gaspar e Baltazar. Diz a legenda, Belchior veio da
Europa, Gaspar da Ásia, Baltazar da África. Ofereceram ouro, incenso e mirra. Assim,
o Papa são Gregório Magno explica seu simbolismo: “Ao
Senhor que nasce ofereçamos ouro, a fim de confessarmos que Ele reina onde quer
que seja; ofereçamos incenso, para crermos que aquele que apareceu no tempo é o
Deus que existe antes dos tempos; e ofereçamos mirra, para crermos que também
assumiu a nossa carne mortal aquele em cuja divindade impassível acreditamos”.
Santo Natal, graças de Nossa Senhora, 2020
protegido pelo Menino Jesus aos leitores, familiares, amigos, conhecidos. Que
cada vez mais protejam o Brasil.
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