domingo, 13 de dezembro de 2015

Hipocrisia da Comissão Justiça e Paz

Hipocrisia da Comissão Justiça e Paz

Péricles Capanema

Em 3 de dezembro último a CNBB divulgou nota que envergonha os católicos brasileiros. Mais precisamente, a Comissão Brasileira Justiça e Paz, órgão dela. A manifestação degradante vai influir nos fatos? Tenho lá minhas dúvidas; de há muito a CNBB fala para grupelhos, se audodemole dentro do público católico por sua obsessão em favorecer a esquerda. A opinião largamente majoritária dos fiéis não tem na mais mínima conta tomadas de posição das Justiça e Paz, CIMI, Pastoral da Terra, agentes da desordem e do divisionismo, fortemente partidarizados, na prática linhas auxiliares do petismo extremado. À vera, a nota em questão ecoa as opiniões dos grupinhos da esquerda radical que desde a década de 50 aparelharam de forma crescente a CNBB e que continuaram dando as cartas nos longos anos dos pontificados de João Paulo II e Bento XVI.

O título “Para onde caminha o Brasil?” tem resposta fácil: para o buraco, se deixarmos a CNBB influir em nossos destinos.

O texto começa censurando Eduardo Cunha por acolher o pedido dos advogados Miguel Reale, Janaina Paschoal e Hélio Bicudo. Especifica: “A ação carece de subsídios que regulem a matéria” O charabiá quis dizer: a ação não tem base legal. Continua em dilmês castiço: “Conduzindo a sociedade ao entendimento de que há no contexto motivação de ordem estritamente embasada no exercício de política voltada para interesses contrários ao bem comum”. Traduzindo de novo, quis dizer: levando a sociedade a crer que a ação foi motivada por interesses contrários ao bem comum”. Com lastro em que afirma isso? Base em nada.

De pé o conselheiro Acácio aplaudiria esta passagem extraordinária: “O País vive momentos difíceis na economia, na política e na ética, cabendo a cada um dos poderes da República o cumprimento dos preceitos republicanos”.

Vai adiante, outra vez empregando construção estranha: “A ordem constitucional brasileira construiu [o normal seria apresenta, mostra] solidez suficiente”. A ordem constitucional construiu solidez: leitor, com toda simplicidade, alguma vez em sua vida você leu ou ouviu uma bobagem dessas? A nota dispara, sempre trotando no padrão tabajara: “O comando do Legislativo apropria-se da prerrogativa legal de modo inadequado”. Apropriar-se da prerrogativa constitucional, santo Deus! Quis dizer: Eduardo Cunha usa mal sua prerrogativa constitucional. Outra: “Auguramos que (...) o bem do país ultrapassem interesses espúrios”. O que significa o bem do País ultrapassar interesses espúrios? Nada, só mais uma mostra do padrão CNBB de qualidade. Vem mais, volta às carreiras o conselheiro Acácio: “Reiteramos o desejo de que este delicado momento não prejudique o futuro do Brasil”. Reiterar significa repetir. Não está repetindo nada. É a primeira vez que afirma essa obviedade.

O texto desagregador e partidário da CNBB conclui com chamado à união nacional, sem partidarismos. Para não perder o costume, mais uma vez esbofeteia o português com o “O espírito do Natal conclama entendimento e paz”, escorraçando a regência normal, conclamar alguém para.


Lógica? Zero. Português? Zero. Colaboração para o bem comum? Zero. Partidarismo: Dez. Divisionismo: Dez. Fanatismo: Dez. Hipocrisia: Dez.

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