domingo, 12 de setembro de 2010

Horizonte negro

As gracinhas de morte do Tiririca

Péricles Capanema

Tiririca é palhaço eletrônico. Quer virar deputado federal. Parece que tem eleição garantida e ainda vai ser importante puxador de votos. O lema de sua campanha Pior que tá não fica não é apenas debochado e zombeteiro. É também otimista. A realidade pode ficar pior se ganhar a turma na qual entrou o Tiririca.

E assim, na prática, Tiririca está colaborando para a realidade no Brasil ficar pior que está. O PR, integrante da coligação dilmolulopetista (palavra nova, medonha, mas pior ainda é a situação que ela designa) foi o partido que deu legenda a Tiririca, na esperança de que, com os votos dele, consiga eleger mais alguns com poucos votos, o que irá fortalecer a base do eventual novo governo no Congresso. Tiririca poderá levar para dentro da Câmara dos Deputados um ou dois no cangote.

Deputado da base do eventual governo cujo programa agora apoia, o palhaço Tiririca votará, certamente a favor dos projetos que colocarão em prática o programa da facção dominante. Vamos ver de perto alguns efeitos.

O Brasil ficará mais perto na situação interna e na política externa de Hugo Chávez, o ditador bolivariano maluco, que hoje atormenta a Venezuela com carestia, violência, perseguição aos oposicionistas e estatização. O Brasil vai ficar menos livre. Vamos ter, como na Venezuela, garroteamento de liberdades, entre as quais a de imprensa. É só questão de tempo.


O Brasil vai também ficar ainda mais perto de Evo Morales, o índio de araque da Bolívia, cujo programa é um misto de socialismo bolivariano e indigenismo. Nem os pobres, nem os índios melhoraram de vida, mas no seu governo a Bolívia virou forte exportadora de cocaína para o Brasil. Nem podia ser diferente. Evo Morales, além de presidente, tem a chefia de seis federações de cocaleros, os produtores da folha da coca, da qual se faz a cocaína e o crack. Destas folhas, a maioria é processada e transformada em cocaína. Mais de 95% das folhas colhidas em Chapare viram droga. O resto, em chá ou numa espécie de chiclete, ambos tonificantes.


No Brasil, aproximadamente 80% da cocaína consumida é produzida na Bolívia. A política do governo brasileiro de apoio ao cocalero Morales favorece a disseminação de práticas criminosas. E, como resultado, padecemos milhares de mortes e centenas de milhares de vidas jovens destruídas no Brasil.

Tem mais. Se eleita, Dilma continuará a política do governo atual de não qualificar as FARC como organização terrorista. “O Brasil tem uma posição neutra sobre as FARC”,  disse em agosto passado Marco Aurélio Garcia, assessor de Lula e coordenador do programa de governo de Dilma.


O governo brasileiro consegue ser neutro diante do narcotráfico e do terrorismo promovidos pelas FARC. Elas, com este agrado cínico, continuarão a matar inocentes e a ganhar dinheiro com a venda da cocaína. Quem a consome? Parte dela é consumida no Brasil. Outra vez, são milhares de mortes e centenas de milhares de vidas destruídas. Tiririca, como deputado da base aliada, será um apoio importante ao governo que promove esta ignomínia. Vai ficar pior que está.


O PT quer descriminalizar o aborto (de outro jeito, aborto praticamente livre) e criminalizar o que chama de homofobia (de outro jeito, favorecer a homossexualidade). Dilma sempre se mostrou favorável a tais políticas. Em coerência com suas posições no passado, ela deverá estimular legislação favorável a elas. O Brasil vai mudar para pior.


Dilma Rousseff diz que é preciso olhar o passado e comparar. Acha que vale a pena. Pois não. É pra já. Vamos olhar o passado. O passado dela, que está sendo escondido cuidadosamente, alarma. E suas declarações presentes agravam o temor. Ela tem dito repetidas vezes: Não mudei de lado não.


O lado dela no passado foi o da ditadura comunista. Para impor ao Brasil a ditadura comunista, Dilma entrou por livre vontade na VAR - Palmares (Vanguarda Armada Popular Revolucionária - Palmares), organização guerrilheira comunista, que assassinou, roubou e sequestrou. Lá era a guerrilheira Estela. Foi presa e condenada por seus atos. Ficou na cadeia por três anos. Ninguém sabe o que pensa hoje a respeito, pois ela não explica. É a candidata das opiniões desconhecidas. Ela deve essa explicação ao povo brasileiro. Se não explicar, estará tratando de palhaço cada eleitor. É a maior baixaria numa campanha eleitoral. Fazer os eleitores de bobos.

Os prontuários das ditaduras comunistas são os mesmos no mundo inteiro: perseguição aos adversários, perseguição à religião, opressão dos pobres. Todo mundo vira pobre, menos a turminha que manda. A religião só pode ser praticada nos estreitos limites permitidos pelo governo. Tem muita gente com medo de que Dilma Roussef como presidente empurre o Brasil nessa direção. Não mudei de lado não. E este lado, mais dias, menos dias, só trouxe penúria e opressão. Menos liberdade de empreender, menos investimento, mais desemprego, menos renda.

Lula está com medo. Não quer conversa sobre o passado de sua candidata. Nem sobre suas ideias. Só aceita conversar sobre supostos êxitos administrativos da sua escolhida. E ainda aparecem as inverdades de sempre (por muitos qualificadas, sem disfarce, de mentiras deslavadas) de que na juventude Dilma Rousseff defendeu direitos humanos e democracia. A VAR – Palmares a que pertenceu era de linha soviética. Não queria democracia nem dava bola para direitos humanos. Pregava a ditadura.

Lula vende um produto falsificado. O verdadeiro iria amedrontar. Teme que a luz sobre os escuros caminhos de sua candidata arrebente a fraude. Lula desse modo trata o povo como massa de manobra. Os demagogos fazem assim. Tratam o povo de palhaço. É o jeito que sempre arranjaram fascistas, comunistas e populistas para ganhar o poder e nele se perpetuar. São pessoas de mentalidade e doutrinas totalitárias, não pensam como gente comum.

Quem não é palhaço, percebe as consequências do voto debochado e desideologizado no palhaço Tiririca e em muitos outros candidatos sisudos, que querem nos fazer de palhaços. O Brasil vai ficar pior que está, se aceitarmos ser palhaços.

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