O anestesista multifunção
Péricles Capanema
Anestesista polivalente. Geraldo Alckmin, médico anestesista, em 2022 escolheu
ser político anestesista. No início da vida profissional anestesiava pacientes em
geral deitados em macas, padeceriam cirurgias dolorosas, traumáticas e com risco
de morte. Subiu de patamar. Busca agora anestesiar todo o eleitorado brasileiro
que, espera, encontrará passivo, como seus pacientes de antanho, resignados, deitados
em maca. Na chapa petista para a presidência da República, tem o triste papel de
diminuir resistências à operação violenta e traumática, retrocesso pavoroso que
a nação pode sofrer a partir de outubro próximo. Aqui também há risco de morte,
o Brasil pode agonizar como nação cristã, ligada aos valores ocidentais. E se
alinhar a Cuba, Venezuela, China, Rússia.
Sedação profunda para criar espaço ao
extremismo. Onde em especial se localizará o trabalho de
sedação, encomenda que recebeu o tucano vira-casaca, direta ou tacitamente, dos
estrategistas da campanha petista para, com seu auxílio, dominar a máquina
pública brasileira? Setores visados de forma particular: agronegócio, Brasil da
roça (interiorzão), política externa, área social. Aqui, serão aplicadas altas as
doses políticas de propofol, lidocaina
e bupivacaina. Com efeito, o radicalismo petista ocupará largas faixas da
política e da máquina pública, já prometidas em acordos de bastidor, convenientemente
ocultados do público, no eventual novo governo. Fica então indispensável diminuir
já, antes das eleições, o horror do futuro que nos espera, sob risco de inviabilizar
a possível vitória eleitoral. A conta será pesada. Seremos aliados, confessos
ou pelo menos efetivos, de frente antiocidental, capitaneada pela China, procurará
minar a influência dos Estados Unidos no mundo. Alinhados, ajudaremos Cuba,
Nicarágua, Venezuela e outros governos de esquerda. No Brasil, o INCRA, como
aconteceu nas anteriores administrações petistas, será entregue aos extremados
do partido, para gáudio de João Pedro Stédile e apaniguados do MST.
Contradição aberrante e silenciada. Melhorando, não é apenas silenciada, é escondida. Para
ter êxito em sua empreitada como anestesista político, o médico anestesista
Alckmin, era o normal, deveria ter se abrigado em partido ligado ao
agronegócio, aos interesses ocidentais, ao Brasil empreendedor, amigo da
propriedade privada e da livre iniciativa. Não foi o que fez. Correndo, foi buscar
abrigo em partido com programa extremista, soviético. Ali festejou, com nutrida
assistência, sua adesão de fato, mas escondida, a objetivos soviéticos. Resultados
da aplicação de tal programa? Atraso, roubalheira, ditadura, pobreza. Ao se
filiar ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), é inevitável a constatação, declarou-se
de acordo com o Estatuto, Programa e Manifesto do Partido. Repito, situação silenciada,
ninguém sobre ela escreve. Resolvi andar na contramão, e uma das razões é que o
antigo governador de São Paulo está escalado para falar com o agronegócio e
interior do Brasil para ali angariar votos e sedar. Vamos às metas para o campo,
expostas pelo PSB em programa oficial, sonho seu para o Brasil do futuro.
O radicalismo rural do PSB. Aqui está, “ipsis verbis” a estrutura do campo como a
deseja o PSB: “Da terra: A socialização progressiva será realizada segundo a importância
democrática e econômica das regiões e a natureza da exploração rural, organizando-se
em fazendas nacionais e fazendas cooperativas assistidas, material e tecnicamente,
pelo Estado. O programa de latifúndio será resolvido por este sistema de grandes
explorações, pois sua fragmentação trará obstáculos ao progresso social. Entretanto,
dada a diversidade do desenvolvimento econômico das diferentes regiões, será facultado
o parcelamento das terras da nação em pequenas porções de usufruto individual, onde
não for viável a exploração coletiva”. A tática é do passo a passo “socialização
progressiva do campo” (estatização), rumo a porvir de miséria e ditadura, como
o revelam os precedentes históricos. O futuro terá quase só grandes
propriedades. Só que as grandes propriedades não serão privadas: serão estatais
(nacionais) e comunitárias (cooperativas de trabalhadores). O conjunto será, é
claro, dirigido por burocratas socialistas (como aconteceu na URSS), com emprego
amplo das patotas sindicais que sugarão a “plusvalia” (para lembrar a tolice
marxista) mirrada das explorações. É, via de regra, pessoal chegado numa
propina. Aqui está o futuro da agricultura brasileira, desenhado pelos
socialistas. A vida como ela é, para recordar Nelson Rodrigues.
Usufruto, e olhe lá, para o pequeno. Notei acima, o futuro terá quase só grandes propriedades.
Não haveria um cantinho para o pequeno proprietário? Para o pequeno, sim. Para
o proprietário, nem pensar. Será usufrutuário, o dono será o Estado. Imagina, o
pequeno pode querer ficar médio; e o médio virar grande. Onde iríamos parar?
Usufruto já está bom. Mais que isso, de jeito nenhum. Servos da gleba, na
prática. Seriam tolerados os servos da
gleba (usufrutuários) no paraíso socialista para o qual nos convida hoje o neoconverso
Geraldo Alckmin, o anestesista polivalente. Mesmo o usufruto (a condição de
moderno servo da gleba) será concedido a contragosto: será apenas facultado,
quando inevitável. O ideal é gente trabalhando nas gigantescas fazendas
estatais ou nas fazendas de cooperativas de trabalhadores. Dependem do Estado e
das burocracias sindicais. Em pleno século 21, estamos diante de programa ditatorial,
asfixiante da prosperidade, delirantemente coletivista. Representa retrocesso cruel,
generaliza miséria, favorece exclusão social.
Coerência. Quem
divulga programa desse naipe, não pode, sem manifesta hipocrisia, defender a
liberdade, a autonomia, o empreendedorismo. Mesmo que sejam políticos como
Geraldo Alckmin que deram as costas para seu passado. Um político correto deve
ter, como condição prévia para a vida pública, a decência de defender o próprio programa. Indica
coerência e transparência. O contrário é abrir campo para a acusação fundada de
hipocrisia.
Coletivismo generalizado. Quem defende a agricultura sovietizada, logicamente não pode
favorecer a iniciativa privada em outros campos. É o que acontece com o
programa do PSB. Para o comércio exterior, a fórmula é: “O comércio exterior ficará
sob controle do Estado até se tornar função privativa deste”. Estação final,
função privativa do Estado. Estatização total, selvagem. O trabalho? Será considerado
direito, mas também obrigação O Estado obrigará todo mundo a trabalhar. Diferença
de rendas, fundadas no esforço e no mérito? Serão eliminadas, o trabalho manual
terá o mesmo valor que o intelectual: “O trabalho será considerado direito e obrigação
social de todo cidadão válido, promovendo-se a progressiva eliminação das diferenças
que atualmente separam o trabalho manual do intelectual.”.
Estatização da indústria. O setor industrial, é coerente, não escapará do
estatismo selvagem. Será todo estatal, processo que começará pela estatização
dos setores básicos: “Socialização progressiva dos meios de produção industrial,
partir-se-á dos ramos básicos da economia.” Socialização, todos sabem, pertencer
à sociedade, é eufemismo para estatização, termo que vem sendo evitado, pois é
associado com os efeitos macabros que as políticas, nele inspiradas, apresentam
historicamente, a saber, porrete, miséria e roubalheira.
Resumo do pesadelo, estatização ampla, geral e
irrestrita. Ainda que gradual, evitando agressões causadoras
de graves prejuízos políticos (a gradualidade anestesia), o objetivo não difere
das metas clássicas dos partidos comunistas ao longo da História. Como última alusão
ao Programa jurássico do PSB, a afirmação de que o Partido quer estatizar todos
os meios de produção (fazendas, indústrias, lojas, oficinas): “O objetivo do Partido,
no terreno econômico, é a transformação da estrutura da sociedade, incluída a gradual
e progressiva socialização dos meios de produção, que procurará realizar na medida
em que as condições do país a exigirem”. Ocultar tais aspectos, proclamados
oficialmente, do programa socialista ajuda a anestesiar a opinião pública. O
médico anestesista Geraldo Alckmin infelizmente embarcou em tal empreitada.
Reversão dos efeitos da anestesia. Sugamadex reverte os efeitos da anestesia em até três
minutos ▬ elimina consequências de doses fortes do propofol. Alerta,
esclarecimento, clareza é do que estamos necessitados ▬ sugamadex ▬ para
caminhar certo e votar bem. Nunca silenciamento ▬ propofol.
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