sábado, 15 de dezembro de 2018

O realejo estridente


O realejo estridente

Péricles Capanema

Faz anos que das ruas anda quase sumido o realejo, por isso é mais seguro ▬ atenção, jovens! ▬ rápido lembrete. Observado por alguns, o tocador gira a manivela e o ambiente em volta se recreia do som de poucas e repetidas músicas. No Velho Mundo tem mais prestígio a representação; compõe, peça valiosa, paisagens urbanas da cultura popular. O “orgue de Barbarie” faz parte da cena pitoresca do Paris sonhado por multidões (lá, sem o irrequieto papagaio tirador da sorte). Uma das explicações para a origem da expressão “órgão de Barbárie” seria a sonoridade tosca do realejo que lembraria, entretanto, os grandes órgãos das catedrais. Entre nós, o realejo e o papagaio por gerações encantaram crianças e seduziram adultos.

Viro a página. Na linguagem comum, realejo tem emprego pejorativo, bastante usado: a repetição monótona de um mesmo tema: “Aquele sujeito é um realejo”.

Entre realejo e avestruz, fico com o primeiro. Diz a lenda (é lenda mesmo), o avestruz enfia a cabeça na areia quando pressente o perigo. À vera, a ave encosta o pescoço e a cabeça no chão, escuta melhor algum predador e fica menos exposta. Contudo, o uso consagrou a frase, diante do perigo, o avestruz enfia a cabeça no chão.

De novo, escolho ser tocador de realejo a fechar os olhos diante do felino que avança contra o avestruz (no caso, todos nós). Vou apenas sublinhar e, quem sabe, ampliar coisas que já disse. “Ideia dita uma só vez, morre inédita”, avisava Nelson Rodrigues.

São duas matérias dos últimos dias. Em 15 de dezembro, Taís Hirata na “Folha de São Paulo” descreveu novas possibilidades de aplicação de capitais chineses no Brasil em minucioso artigo intitulado “Após investir em energia, chineses miram saneamento básico no Brasil”.

De outro modo, segundo o texto, chineses, melhorando grupos chineses, vão comprar empresas estatais do setor de fornecimento de água e coleta de esgoto (aqui, também, o tratamento de resíduos). Ou comprar obras paralisadas, terminá-las e explorar comercialmente os serviços.

Um dos grupos chineses interessados é o Fosun, gigantesco conglomerado econômico. Segundo informações coletadas na rede (minha maior fonte), tem maioria de capital privado. Um dos proprietários, Guo Guangchang, às vezes chamado de Warren Buffett chinês, faz parte do Conselho Político Consultivo do Povo Chinês, uma espécie de Senado dominado pelo Partido Comunista Chinês. De outro modo, é empresa próxima do governo. Preocupa. A matéria da Folha nada traz da proximidade do grupo com a tirania imperialista de Pequim.

Três outros grupos chineses, informa Taís Hirata, têm interesse em comprar empresas ligadas ao saneamento básico. O primeiro deles é o CCCC (China Communications Construction Company), sociedade anônima, com faturamento anual de aproximadamente 70 bilhões de dólares. É estatal chinesa; de outro modo, está em sintonia com as diretrizes do Partido Comunista Chinês (PCC). Nenhum diretor é indicado sem a anuência do partido. O segundo grupo é o Datang, outra estatal chinesa, com faturamento anual em torno 30 bilhões de dólares. O terceiro grupo é o CGGC (China Gezhouba Group Company Limited), também empresa estatal, com receitas anuais em torno de 15 bilhões de dólares. O artigo nada diz que dos quatro grupos, três pertencem ao governo chinês, de outro modo, agem em sintonia com as diretrizes políticas do Partido Comunista Chinês. Desde há anos, esse é o padrão usual da imprensa brasileira, esconde informações essenciais para o juízo equilibrado e objetivo do leitor.

Deixo para trás as informações do artigo de Tais Hirada, planos para o futuro, e me detenho em editorial do Estadão, 9 de dezembro, intitulado “O peso da China”, análise do presente. Nos primeiros onze meses de 2018, o Brasil acumulou superávit comercial de 51,7 bilhões de dólares. Desse total, 26,2 bilhões de dólares vieram do comércio com a China, 50,7%. Em 2017, 30,7% do saldo comercial vieram das trocas com a China. Dos 220 bilhões exportados nos onze primeiros meses de 2018, 58,8 bilhões foram para a China, 28,8% do total. Constata o editorial: “Só esses números bastariam para mostrar a crescente influência da China sobre a economia brasileira”. A situação é mais preta: “Há outro aspecto que resulta em laços econômicas mais fortes. É a presença cada vez maior do capital chinês nos investimentos estrangeiros.” Capital chinês (sic!). Desde 2003 até hoje, segundo a Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAIN) do Ministério do Planejamento em 269 projetos houve investimentos chineses anunciados e confirmados de 124 bilhões de dólares. Desse total, segundo o Conselho Empresarial Brasil-China, 87% foram de origem estatal, 13% de origem privada. Vou, de novo, escrever o que ninguém ou quase ninguém põe no papel com clareza: esses 87% é dinheiro de empresas estatais chinesas, que trabalharão pelos objetivos do PCC, e cujos diretores se alinham sempre com a estratégia do partido. Os 13% restantes, via de regra, são de empresas que acertam o passo com o governo chinês. Não custa lembrar, de momento, a China luta com os Estados Unidos por áreas de influência, situação que está se refletindo em disputas comerciais e, na América Latina, apoia ativamente Cuba, Venezuela e Bolívia.

A própria linguagem eufemística da imprensa (investimento chinês, grupos chineses, capitais da China), que atenua a realidade bruta (dinheiro cujo dono é o governo chinês, longa manus do PCC), é triste indicio que o Brasil já experimenta incipientes reações de protetorado. A esquerda não dá um chiadinho contra a avalancha das estatais chinesas na economia brasileira; ela, agora, silenciosa, mas historicamente tão barulhenta nas diatribes contra o capital estrangeiro. Não adianta fechar os olhos para a realidade. Ela é o realejo estridente, óbvio ululante.

domingo, 9 de dezembro de 2018

Lições inesperadas da China


Lições inesperadas da China

Péricles Capanema

Bret Stephens, reputado colunista, em 29 de novembro escreveu no New York Times, a China declinará rapidamente, como aconteceu com o Brasil. O jornalista lembrou, em 2009 o The Economist previu um novo poder global, o Brasil, que logo estaria na quinta posição econômica do mundo, ultrapassando Reino Unido e França. E São Paulo seria a quinta cidade mais rica do mundo. Foram palavras vazias do semanário inglês; hoje o Brasil patina para sair do que talvez seja a pior recessão de sua história.

Vai suceder parecido com a China, avisa Stephens. E faz uma boutade, tendo como pano de fundo o conhecido adágio “Quos vult Jupiter perdere, prius dementat” (Júpiter, a quem quer perder, antes enlouquece). Na versão de Stephens: “Os deuses, quando querem destruir um país, enaltecem-no antes como país do futuro”. Recorda, foi assim com União Soviética nas décadas de 50 e 60, Japão nos anos 70 e 80, União Europeia nos anos 90 e na primeira década do século 21.

Bret Stephens alinha razões para o declínio chinês. A primeira delas, a liberalização econômica é insuficiente, o controle estatal é enorme. Isso nunca dá certo. Segunda, realidade largamente oculta, existem milhões de trabalhadores forçados (escravos, em outra linguagem). O articulista recorda como sintoma gritante mensagem desesperada encontrada em bolsa vendida pela Walmart, confeccionada numa prisão de Yingsham no sul da China: ali os detentos padecem 14 horas diárias de trabalho, entremeadas de surras. Depois de afirmar que tiranias não favorecem o progresso econômico (lembra que em 2020 o controle estatal chinês será minucioso), o jornalista norte-americano empilha outros dados que fundamentam sua previsão de declínio chinês.

Em 2014, estimativa do grupo suíço UBS, fuga de capitais de 324 bilhões de dólares. 2015, 676 bilhões. 2016, 725 bilhões. O que é isso? Medo do futuro. Mais, a dívida pública e privada é gigantesca: 34 trilhões de dólares. Outros sintomas: 46% dos chineses ricos querem emigrar, a maioria para os Estados Unidos. Mais uma vez, insegurança quanto ao futuro. Finalmente, põe em dúvida a credibilidade de estatísticas chinesas, ningué conhece ao certo o que acontece lá. Termina prognosticando, a China é tigre ferido. E poucas vezes um tigre ferido é plácido.

O ataque ao modelo chinês veio de jornalista Prêmio Pulitzer (2013), antes colunista do Wall Street Journal, agora no New York Times. O governo chinês julgou necessária resposta contundente. Escalou para o contra-ataque Ding Gang, articulista do Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista chinês, o que ele fez, publicando crítica ácida no Global Times.

Interessam-nos especialmente as razões da diferença entre o Brasil e a China, destacadas pelo chinês. Fala de cátedra: “Trabalhei na Europa, Estados Unidos, Ásia e América do Sul por quase vinte anos. Morei no Brasil por três anos e sei bem por que a economia brasileira se enfraqueceu”.

Segundo o virtual porta-voz do PCC, a razão principal é o sistema de crenças diferente dos dois países. Ao explicar, esmiuçar os motivos, falará em cultura e tradição. De modo diverso, costumes baseados em princípios. Nada mais tradicional enquanto análise, passa longe do marxismo, mas foi a única justificação plausível encontrada por ele para fazer frente ao bombardeio de Stephens.

Afirma o membro do PCC: “Talvez os brasileiros e o autor [Stephens] acreditem no mesmo deus [em minúscula no texto], mas este não é, de forma alguma, aquele deus em quem os chineses creem. O deus mencionado por Stephens não é funcional para a China, nem existe no sistema de crenças do povo chinês”.

Entra na análise: “Por que o Brasil nunca teve um sistema manufatureiro forte e sofisticado? Mais, por que decaiu e caminha no rumo oposto?”.  Isto é, aos poucos deixa de ser país industrializado e volta a ser fornecedor de matéria-prima. Responde: “Não é questão de economia ou de instituições, é de cultura”.

Trombeteia: “Os brasileiros não são aplicados nem trabalham duro como os chineses. E nem poupam para a geração seguinte, como os chineses. Apesar disso, querem para si os mesmos benefícios sociais existentes em países desenvolvidos”.

Melhorando, a educação chinesa tradicional forma pais preocupados com o futuro dos filhos, gerações habituadas ao trabalho, que não se agarram ao Estado. A educação brasileira moldaria pessoas preguiçosas, que almejam viver de benesses estatais, torna os pais irresponsáveis.

Ding Dang então alardeia: “A cultura dominante no Brasil faz o país inadequado para a economia manufatureira. Sem industrialização, é impossível o desenvolvimento sustentável. Por isso, o Brasil depende de matérias-primas e commodities”. E pontifica sobre o motivo principal para a pobreza do Brasil: “é a tradição cultural do país”. Para ele, Bret Stephens esqueceu dois pontos em seu olhar sobre a China: cultura e tradição. E são os aspectos principais no raciocínio econômico. O desenvolvimento chinês tem como base a tradição cultural chinesa e estimulará o desenvolvimento das potencialidades do país.

Para que o país se industrialize, resume Ding Gang, a cultura é o fator mais importante. “Isto inclui como o povo considera o trabalho, a situação da família, a educação das crianças e a acumulação da riqueza”. Família, educação infantil, formação de patrimônio. O que trará, com o tempo, garante ele ainda “felicidade familiar e pessoal”. De passagem, reconhece o óbvio, mas não se importa: “Pode parecer racista diferenciar tipos de desenvolvimento com base na cultura”.

Vida morigerada, hábitos de poupança, responsabilidade familiar, educação infantil séria. Em suma, sanidade da família, cadinho da cultura nacional, o grande fator de progresso de um povo. Para Ding Gang, a China não fracassará porque a tem. E o Brasil já fracassou, porque não a tem ou tem pouco. Se Ding Gng atormentasse o leitor com embaralhados argumentos marxistas, todo mundo ia achar que era apenas mais uma saraivada de disparates. Fundamentou sua defesa em terreno diverso, o que é muito revelador. De passagem, se um conservador brasileiro escrevesse sobre o mesmo assunto um décimo do que o comunista chinês apregoou, receberia pedradas de todos os lados. Como é comunista chinês quem escreveu, garanto já de saída, todos vão se calar.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O chinês mais rico do mundo



Péricles Capanema

Jack Ma é o chinês mais rico do mundo afirmam notícias de há pouco; asseveram, depois de 2014, pela primeira vez, ele voltou a estar no topo. De qualquer forma, há anos figura sempre entre os cinco chineses mais ricos. Sabemos, é instável a posição em tais listas, sobe e desce ao sabor das cotações nas bolsas. Na tabela da Forbes para 2018 que consultei na rede, Jack Ma aparece como o segundo, 20º na classificação mundial, com patrimônio de 39 bilhões de dólares.

Posso considerar para efeitos deste artigo Jack Ma como o chinês mais rico da Terra. Grande símbolo midiático, ninguém mais que ele representa o capitalismo chinês, do qual é apresentado como o mais fulgurante ícone. Nasceu em 1964, muito menino presenciou a Revolução Cultural na China que foi de 1966 a 1976.

A fortuna de Jack Ma tem como base o site de e-comércio Alibaba, fundado pelo magnata em 1999, num quarto do apartamento em que morava. Hoje, sociedade anônima, da qual possui 9% das ações, o Alibaba tem 250 milhões de compradores ativos e é responsável por 60% do volume das entregas na China. Em setembro de 2018 Jack Ma anunciou que irá se retirar do dia-a-dia das operações de seu império econômico para se dedicar à filantropia. Abandona o proscênio principal, ponto final na carreira de executivo.

Vou virar a página. Dois meses depois do anúncio de Jack Ma, em 27 de novembro, o diário oficial do Partido Comunista Chinês (O Diário do Povo) anunciou que Jack Ma é membro do Partido Comunista Chinês (PCC), desmentindo alegações que circulavam de que o tycoon seria mero homem de negócios.

Por que o jornal do PCC de forma repentina e inesperada revelou o fato? As especulações variam, das principais falarei abaixo. A relação de 100 pessoas que ajudaram o processo de reformas e abertura promovido pelo PCC publicada pelo O Diário do Povo incluiu ainda Pony Ma (no rol da Forbes, acima mencionado, aparecia como o chinês mais rico do mundo e estava em 17º lugar entre os bilionários mundiais) e Robin Li, também bilionário chinês, mas a publicação comunista não declara serem ambos membros do PCC (dá a entender, claro). A reportagem do Diário do Povo afirma que Jack Ma ajudou os objetivos do comunismo de muitas maneiras dentro da China, bem como em países da Ásia e da Europa.

Qual o motivo da revelação aparentemente extemporânea? A maior parte dos analistas de assuntos chineses propende a achar que a matéria do Diário do Povo, aviso aos navegantes, faz parte de nova política do governo chinês que procura exercer maior controle sobre o setor privado. Recentemente o PCC determinou, toda empresa privada que tenha como empregados pelo menos três membros do PCC, com eles deve constituir uma célula (célula partidária) no seu interior. Se não tiver os três membros, devem os comunistas das empresas próximas se juntar até atingir o mínimo de três. E aí constituir a célula de fiscalização. A finalidade é “guiar e supervisionar a empresa para que cumpra estritamente todos os regulamentos e leis nacionais”. Setenta e cinco por cento das empresas privadas já estão aplicando a mencionada diretriz.

O PCC tem 89 milhões de membros num país de 1,4 bilhão de habitantes. Não custa lembrar, a situação da China assemelha-se em raiz à política posta em vigor por Lenine em 1921 (a Nova Política Econômica) que vigorou até 1928, quando Stalin a suprimiu. Comportava apoio ao capital estrangeiro, suspensão das desapropriações, estímulo à propriedade privada, práticas de mercado livre, formação de uma tecnocracia que dirigiria a economia. Os comunistas chineses não inventaram a roda.

Convém recordar seu mais importante documento, publicado recentemente, a constituição do PCC, em que expõe princípios e programa, aprovada em 24 de outubro de 2017 em congresso nacional. Trago abaixo pequenos extratos (em verdade, leninismo, o documento completo pode ser consultado com facilidade na rede). Reitero, é o que existe de mais moderno sobre o comunismo chinês: “O Partido Comunista da China é a vanguarda da classe operária chinesa, do povo chinês e da nação chinesa. O mais alto ideal do Partido e seu objetivo final é a realização do comunismo. O Partido Comunista Chinês utiliza o marxismo-leninismo, o pensamento de Mao Tsé Tung [...] como guias para a ação. O marxismo-leninismo revela as leis que governam o desenvolvimento da história. O pensamento de Mao Tsé tung é a aplicação e desenvolvimento do marxismo-leninismo na China. Sob o pensamento de Mao Tsé Tung, o Partido Comunista Chinês dirigiu o povo chinês, fundou a República Popular da China, uma ditadura democrática do povo”.

Ao longo de 28 páginas, expõe princípios, a estratégia gradualista, as condições para ser membro do PCC. É documento minucioso, explicativo, ninguém vai poder alegar, o PCC não mostrou a que vinha e não avisou. Está tudo lá, princípios e estratégia, em letra de forma. Como Adolfo Hitler colocou tudo em letra de forma no “Mein Kampf”. E depois aplicou à Alemanha o que havia escrito no livro.

Outro nome para meu texto, talvez até mais apropriado, embora menos chamativo, seria circunspecção, olhar com atenção em torno de si. A cada dia, recebemos da realidade advertências novas, fatos inesperados que nos esbofeteiam como socos de Cassius Clay. Alguém imaginava que o chinês mais rico do mundo era comunista, seguia disciplinadamente a orientação da cúpula do PCC? Para todos os ingênuos e apressados, era tão-somente o modelo acabado do tycoon capitalista.

Não estou obcecado, procuro o contrário, que todos vejam (recordo outra etimologia, obcaecare, tornar cego, ob, à frente; ao fugir obstinadamente da realidade, muita gente se torna cega). Nem sou catastrofista. Estou agindo no rumo contrário, buscando evitar a catástrofe, e aí apontando a pirambeira no caminho. E nem vou repetir razões já por mim expressas vezes sem conta.

Acho que deve haver comércio com a China, é sensato aproveitar oportunidades comerciais, temos que considerar sempre necessidades e conveniências da economia brasileira, mas é imperioso, para mantermos de fato a soberania e possibilidades de futuro digno para filhos e netos que saiamos gradualmente da armadilha ▬ dependência excessiva e suicida da economia chinesa ▬, fruto sobretudo da política entreguista do período lulopetista. Como? Em especial, martelo, fortalecendo laços econômicos com Estados Unidos, Japão e Europa. Sem o apoio dos Estados Unidos, muito dificilmente escaparemos da enrascada na qual nos metemos por dessiso, irreflexão e leviandade.

De novo, só reclamo circunspecção, olho aberto para o que acontece em torno de nós. A desatenção é autodestruidora, irá certamente nos atirar na condição vergonhosa, talvez não confessada, de protetorado chinês.